sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Isto é sobre confusão

Quando volto a pensar em como sou, imagino um quebra-cabeça faltando uma das peças – aquela parte toda azul que deve formar o céu e que, mesmo parecendo tão besta, faz falta em um contexto: incompleta. A busca pela evolução às vezes me cansa, me causa dor e, muitas vezes, acaba se mostrando em vão.

Tento parar de pensar no passado, mas são tantos erros que deixei no meio do caminho que se torna impossível não pensar. Repensar. Arrepender-se forte e amargamente.

Por que dei ouvidos pra pessoa errada?
Por que deixei aquela amizade de anos escapar por entre os dedos?
Por que não mantive minha boca fechada?
Por que essa mania tão erronia de querer dar opinião em tudo achando que é pro bem de alguém?

Como pode, meu Deus, assuntos inacabados do passado nos tirarem tanto o sono? Como o ser humano consegue desperdiçar tantas chances de ser feliz sem nem ao menos perceber? Como viver com a culpa de um futuro que nunca irá existir?


Perguntas sem respostas: há uma coleção delas. Talvez eu nunca encontre as respostas, talvez nunca aprenda a deixar pra trás. Talvez, talvez, talvez. E por todos estes motivos eu fico triste. Todos os dias. Invariavelmente.