domingo, 20 de março de 2011

"Necessidade de amar"

Perguntaram-me sobre a necessidade do amor em minha vida, logo tive medo. Tive medo de não saber ao certo expressar-me de forma que todos compreendam que, para mim, o amor é um alicerce, é como se fosse um dos pilares que me mantém em pé.

Então, antes de escrever, resolvi pensar. Resolvi pensar em vários tipos diferentes de um sentimento que é extremamente necessários, que deveria ser extremamente necessário para qualquer outra pessoa no mundo.

Necessidade? Bom, eu preciso do amor para que eu possa sorrir. Preciso do amor e das palavras de carinho de alguém para que eu sinta coragem de enfrentar todos os obstáculos que ainda estão por vir em minha vida. Preciso desse amor pelo simples fato de saber que seria impossível agüentar o quão má a vida pode ser sozinha.

É absurdamente necessário o amor sincero de minha mãe. Um amor que me corrige todas as vezes que estou errada, um amor que não me julga, que me faz melhor. Um amor que sabe exatamente a hora de me abraçar e, ao mesmo tempo, sabe a hora que eu preciso enxergar algo de errado.

É necessário o amor divertido das minhas amigas. Um amor que eu sei que é de verdade, que tem palavras de verdade. Um amor que não passa a mão em minha cabeça a todo tempo, mas sim o amor que sempre me estende a mão quando estou caída – ou ainda melhor, os braços atrás de mim que jamais me deixam tropeçar.

Ah, e o amor... Aquele amor que a maioria de nós vê em filmes e em contos de fadas. Aquele amor que nós esperamos encontrar pode demorar 10 ou 100 anos. Aquele amor que nos fará forte, que enfrentará do nosso lado tudo que estiver por vir, aquele amor que jamais nos deixará só, aquele amor que nos encherá com sua presença e nos sufocará de alegria.

Da necessidade deste amor as pessoas gostam tanto de falar, não é? Sinto como se fosse o acontecimento mais maravilhoso de toda uma vida, de todas nossas vidas. Sinto anseio e vontade de que este amor me encontre para que eu possa, assim, viver a necessidade dele.

“Mas e se ele jamais me encontrar?” Pergunto-me a mim mesma. “Vou me decepcionar muitas vezes com amores disfarçados de amor de verdade?” Indago-me novamente.

Talvez, apenas talvez. Talvez este amor demore tanto a me encontrar que eu desista de esperar e, então, quando eu realmente desistir ele irá aparecer. Eu ouvirei vozes na minha cabeça dizendo para duvidar, para ter cautela, ouvirei vozes dizendo que é outro falso amor. As ignorarei e, mais uma vez, estarei me entregando à possibilidade de encontrar essa tão sonhada necessidade de amar.

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