Já quis que tu parastes, quanta ironia, não é? Hoje tudo que quero é que tu vá cada vez mais depressa...Vá de uma maneira que leve embora toda e qualquer tipo de memória que ainda me fere a alma. Ah, minha alma...Antes tão reluzente, hoje está virada em pó. Em algo sombrio, triste, amargurado e tudo por sua culpa, querido Tempo, que insiste em não passar, em congelar, em regredir à lembranças tão congestionadas.
Até quando isto vai durar? Quanto mais terei de esperar? Estou tão esgotada de sacrifícios que tu me opõe, tão cansada de arrumar forças de lugares que já nem sei de onde são. Tão cansada de você, de mim...Da falta de mudanças. Anda, Tempo, leva embora o que me amargura e, por favor, traga de volta minha alma colorida.
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