sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Feliz Dia dos Pais

Olá, Senhor Roberto

Então, como estamos? Resolveu cortar o bigode grisalho? Parou de comer tanta porcaria e está fazendo o teste da insulina com frequência? E as novelas, hein? Nenhuma se compara à Alma Gêmea, eu sei... Mas a companhia que a fazia especial, não é, papai?

Estou sendo tão julgada. Eu estou com medo. Descobri que preciso escolher um rumo da minha vida para sempre, mas eu estou perdida. O que eu faço, pai? Por que você não está aqui? Eu quero correr pro seu colo. Eu quero voltar no tempo, eu quero nossas brigas pelo controle remoto, eu quero ganhar as Barbies, eu quero o meu pai.

Por que as pessoas são assim, pai? Por que tanto julgamento? Por que é tão difícil até mesmo para eu entender o porquê de me afastar de ti a todo instante? Ah, pai... Como me faz triste saber que você está tão perto e a distância é de quilômetros inacabáveis. A distância é de dor inacabável.
Enfim, acho que o drama eu puxei de você, não é? E o nariz também.

Espero que você esteja bem. Se é que você está em algum lugar.
Que essas palavras levem pra ti o amor que eu tanto senti. Eu continuo com as faces rosadas... E continuo te amando.

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