quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ela caminhava pela rua, era tarde para uma menina sozinha andar por aqueles lugares. Fazia frio e seus braços não estavam cobertos, garoava e por cima de sua cabeça, ao invés do guarda-chuva, havia a imensidão do céu sem estrelas.

Apesar do cenário ser triste, apesar da escuridão ser mais propicia quando precisamos chorar, a garota sorria. Não se sabe ao certo porque, mas ela sorria. Um sorriso breve, mas um sorriso.

A garota não fazia ideia de onde estava, nem se quer para onde dia. Mas ela ia. Ela ia atrás de qualquer motivo para ser feliz, ela precisava de um motivo para ser feliz. Precisava?

Felicidade não se prende a algo, abstrata do jeito que é ela é mais parecida com o vento. Nada de ver, escapa entre os dedos e o único jeito de suprir ao menos um pouco é abrir a boca e inspirar tudo que puder. Nada de expirar, deixe os pulmões incharem com tanta felicidade que você poderá sucumbir por não estar acostumado a lidar com tanta alegria, sucumbirá feliz, mas sucumbirá. Ação e reação, já ouviu falar?

A garota já ouvira e, pensando nisto, levantou o rosto ao céu, abriu seus lábios e deixou que cada pingo da garoa entrasse dentro de si para ela, quem sabe, sucumbir de felicidade.

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