terça-feira, 10 de maio de 2011

Você vai voltar?

Você se foi, nem se quer se despediu. Tentou, eu sei. Não deixei. Meus olhos estavam sendo tampados pela tristeza, não quis acreditar. Como você pôde partir? Eu era sua menina, toda sua. Porque me deixou aqui sozinha? Me ajude a levantar, por favor! É difícil sozinha.

Você vai voltar? Não disse isso quando partiu, pensei que tivesse sido momentâneo. Pensei que em breve você estaria nos meus braços, que eu estaria em seus braços, aqueles que eu costumava chamar de meu ninho. Ora, eu era sua menina, não era? Você me protegia, por que me deixou?

Me ajude a levantar, por favor! Está difícil, eu não consigo. Ora, raios, eu era forte. Sei que era. Eu sou forte, mas estou escondida, desprotegida, indefesa. Não me pergunte porque, apenas estou. Isto é saudade, sei bem. Mas você não vê, por que não vê? Não quer ver?

Por enquanto é saudade, essa maldita saudade que me cega os olhos, que me paraliza as pernas, que faz sangrar meu coração. Por enquanto é saudade, essa saudade doída, cheia de lembranças, cheia de carinhos. Essa saudade que é tua, toda tua. Minha, toda minha. Essa saudade de tudo que um dia foi só nosso.

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