sábado, 23 de janeiro de 2010

Meu nome é ninguém

Vagando pelas ruas escuras, postes capengas, luzes piscando. Vagando atrás de respostas para suas perguntas, vagando atrás de algum sentido para continuar onde está.

É fácil perceber a forma despedaçada que me encontro neste momento, é fácil não saber como e nem porque devo me reerguer. Seria mais conveniente, para mim, deitar e esperar que algo me levasse embora. Seria mais conveniente se eu olhasse da janela a vida passando, seria mais fácil.

Mas, ah! Por que o ser humano gosta tanto dos desafios? Por que o ser humano não é capaz de fazer sempre o mais simples? Eu me levantei. Eu fui atrás. Eu fui atrás da vida, de você.

Se algo der errado, mais uma vez, eu continuarei a vagar. Não há como achar uma direção, é muito triste seguir sozinha, é muito difícil enxergar através dos olhos injetados e da silenciosa e fatal escuridão. No meu caminho eu vejo uma rosa sem pétalas, e ela parece precisar tanto de ajuda.

Nós fazemos uma vida dura, nós seguimos as modas, rotulamos as pessoas. Nós fazemos uma vida vazia, nós jamais teremos alguém do nosso lado. Não enquanto respirar doer tanto. Não enquanto viver a vida queime. Não enquanto meus textos forem tristes e estranhos, não enquanto a dor de cabeça me matar aos poucos.

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