sábado, 22 de maio de 2010

Como você se sente agora?

É, exatamente, você está bem? Algum problema o perturba? Porque eu não me sinto nada bem.

Na realidade, acho que venho cavando um final terrivelmente não digno de filmes infantis recomendáveis para creches. Para falar bem a cruel verdade, talvez eu me sinta um tanto quanto inútil.

Hoje de manhã, ao acordar, me deparei com um dia esquisito. Hoje de manhã, ao acordar, me deparei na forma de como sou esquisita. Talvez eu seja da mesma forma que este sábado: minutos de chuva, sol, outros minutos de chuva. Talvez eu seja um típico dia de inverno, daqueles que ninguém gosta de passar. Aqueles dias de inverno que não precisavam existir. Talvez eu não precisasse existir.

Passei o dia a imaginar no que eu poderia ser útil e para quem o faria. Pensei e repensei inúmeras vezes na minha família e amigos, e por mais que meu amor por eles – principalmente meu amor pelo sorriso maravilhoso da minha mãe – seja incondicional, não foi o suficiente para ter certeza que eu estou vivendo por algum motivo.

Ora, uma dose de sinceridade não matará ninguém: eu não encontro motivo nenhum para estar aqui, vagando em uma cidade qualquer, com pessoas quaisquer, carros e ruas infinitas e sem um caminho que eu realmente queira seguir.

Talvez eu só não seja especial, como achei que todas as pessoas vivas fossem. Talvez nós simplesmente nasçamos sem obrigatoriamente ter uma missão a seguir. Talvez a normalidade da vida que levo me perturbe. Talvez, por desejar mais, eu me sinta tão sozinha até os últimos e incansáveis dias da minha pacata vida suburbana.

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